sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um sorriso Amigo

A Musica é mais que um estado de alma, é um poder é uma força, é um sinal de que existe a força de um Homem para a compor, escrever tocar exprimir, e a nós, os vulgares mortais, cabe-nos a nós mostrar o melhor e mais sincero sinal de agradecimento. Um sorriso.
Da-nos o sorriso a que nos habituaste, o sorriso encarnado, rosa, branco, o sorriso de todas as cores que se identifiquem contigo, e nós retribuiremos com o sorriso colorido com o qual nos identificaste.

À quase um ano já havia escrito "Porque a sorte do destino não escolhe lugares, não escolhe sítios, pessoas, porque não consigo ficar quieto, parado, calado, porque claro que não consigo sentir o tamanho da tua revolta mas entendo e estou disposto a dividi-la".

Melhor do que diria se calhar hoje, que me faltam as palavras, um ano quase volvido, um ano de luta de lágrimas de dor, mas também um ano de alegria de festa e de sorrisos. De novo aqueles sorrisos.

Muitas palavras te poderia dizer, podia vir aqui todos os dias postar, dizer qualquer coisa que não te fosse indiferente. Mas preferi manter-me afastado, guardando apenas os meus sorrisos para te mostrar naqueles momentos, tão poucos, que estamos juntos, que falamos de mulheres, futebol e politica, e tudo na resposta de um sorriso. Um dia ensinaram-me que o sentimento e a força não se mede na insistência mas sim na intensidade de cada vez em que se vive o momento!

Apenas que daqui a uns anos, todos sentados na esplanada do bar do costume, num normal fim de tarde, e com a mesma degustada companhia; numa daquelas fúteis conversas, possamos olha para trás, e no baralhar de outras tantas historias, de aventuras, de memorias, possamos falar também da tua historia, como se de mais uma futilidade que já ultrapassada, sirva de lição para outros que também se vêm à porta de um idêntico caminho.

Não quero realces, não quero agradecimentos, não quero palmas nem abraços teus, quero apenas que quando estivermos juntos me dês um sorriso!

Um sorriso Amigo!


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fodasse!

Porque tem simplesmente um caralho de uma puta de genialidade!



domingo, 12 de setembro de 2010

Picture Of Jesus

Faz hoje quinze dias que passei um dos piores momentos da minha vida. Falo-vos de uma realidade que grita muda para todo um mundo surdo que tarda em não ouvir os seus pedidos de ajuda. Já moro em Lisboa à algum tempo, mas desde que moro aqui em Arroios é que pude presenciar com esta realidade diferente. É triste passar na rua e quase tropeçar em pessoas que dormem no chão, naquele chão em que muitos cospem, mijam vomitam, e coisas mais nojentas que não posso nem quero imaginar, eu mesmo as faço. E é desse mesmo chão que vejo muitos fazerem o seu próprio leito, uns cartões a fazerem de corta vento, uns cobertores mal amanhados e muitos já ruídos fazem de suas mantas de dormir. É triste pensar pior é mesmo presenciar!
Com a vida que levei ultimamente vi-me obrigado a passar em 2 pontos estratégicos dos ditos pobres. À muito que venho daquelas noites loucas, depois de sair do táxi na Praça do Chile e depois de ter comprado o meu bolinho nos boleiros do costume. Já vai avançada a hora quando passo em plenas escadarias do Igreja de Arroios, e não fazem ideia das pessoas que ali dormem, juro porque eu também não fazia. Naquelas noites frias, com o bolo quente na mao, so penso em chegar à minha caminha quentinha, e aquelas pessoas dormem ali ao frio, à chuva, muitas vezes não me envaidece dizer que moro num mundo assim do qual colaboro. Porque não dividir o meu pouco que tenho com aqueles que ali estão e tanto precisam?não vos sei responder, poderiam haver muitas explicações, cobardia talvez, vergonha, enfim, são tantas desculpas que se pode arranjar para tal acção não realizar.
Já para não falar do jardim Constantino, a azáfama ali por volta das 21horas é grande, é a sopa dos pobres que ali passa por essa hora todos os dias, distribuindo muitas vezes as sobras que muitos de nós mandamos fora. É um facto aquele jardim de à pouco remodelado, cheira a pobreza, uma pessoa passa ali e o cheiro que de quem pouco se lava, pouco come, pouco se cuida é tão intenso que não pode ser indiferente a ninguém que ali passe.
E eis que me pergunto, se Deus tivesse uma forma que reflectisse este mundo, seria esta forma que ele teria?estará Deus a ser justo com estas pessoas?
É por estas e outras mais razões que não acredito em tal edilidade, porque se ele realmente existisse, não haveriam escadarias de Arroios nem jardins constatinos nem nada que se pareça.

Por fim venho-vos contar então o que realmente me aconteceu. Era fim de tarde de sábado, e eu como sempre, de ritual já assim à muito faço, fui ver das normais comprinhas ao normal pingo doce do costume. Já levava o dinheiro contado. Depois de compras feitas, dos sacos na mão e de já me encontrar de saída do estabelecimento, sou abordado por um homem. A agonia e aflição eram reflexos nos seus olhos, acreditem que antes de ele sequer me falar eu já sabias ao que vinha. De roupa mal amanhada, e de cabeça cabisbaixa, não obstante da vergonha que naquela situação sentiria, me pediu ajuda.
"ajuda-me, estou desempregado, e tenho dois filhos para criar!" foram estas as parcas palavras que a mim confessou, parece que ainda hoje as ouço, foram tão sinceras tão profundas, era notável bem a vergonha do rebaixar que um pai de família tem de chegar para dar pão aos seus filhos. Ja muitas vezes tinha sido abordado por pedintes, e nunca um cêntimo dei, muitos vê-se que apenas não querem sequer trabalhar, mas aquele pedido foi-me tão sincero, que me apeteceu parar o relógio do mundo e Gritar bem alto, PAREM E OLHEM AO QUE ISTO CHEGOU. Senti revolta, senti dor, foi como se me visse eu naquela situação, e toda a tristeza me invadiu a alma. E de tanta vergonha que senti também, fui cobarde, e nem uma palavra consegui dizer, queria falar mas não conseguia, e nem uma acção. Tenho vergonha de dizer isto, como tenho vergonha de nem sequer ter dado, por escassa que fosse, uma ajuda.
Desta acção cobarde e acentuadamente repugnante não me orgulho em nada, fui apenas mais um, igual a tantos outros, ignoro o mundo que está ali a meu lado a pedir ajuda, e limito-me a ser egoísta e pensar e viver só na minha bolhinha. E não me vou esquecer daquela cara possuída pela tristeza que o orgulho não deixava chorar, vivo e recordo cada passo que dei até minha casa. Não foram mais que cinco minutos, mas a cada passo, cada lágrima que em mim escorria, a tristeza da existência de tal mundo ainda agravada pela vergonha que tive em ajudar, vão fazer-me penitenciar até ver findada a minha voz.
Tive a oportunidade de ser diferente, e fui apenas mais um, e disso só tenho simplesmente vergonha!


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Marcha dos deslinhados

Porque talvez foram uma das melhores reuniões de excelentes músicos portugueses
Porque gritaram revolta e disseram "Parem"
Porque desalinhados cada vez mais são aqueles que rumam na direcção certa
Porque cresci a ouvi-los
Porque a sua irreverencia estava estampada no seus rostos de meninos, alguns irreconheciveis diga-se de passagem
Porque todos nasceram selvagens como eu
Porque a noite fez deles um dos maiores sucessos, e jamais serão esquecidos
E porque amanhã será sempre longe demais!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

É bumbar bumbar!

Mais um sábado se iniciara e para mais uma festa a família estrela e suas ramificações se juntavam numa cidade quase à beira sol. Mais um dia de refeições pegadas e de muita conversa já se previa. Já batia na hora de almoço quando a minha presença se fez notar, e muitos dos normais intervenientes já se encontravam no local. O pormenor que se fez notar é a mudança do local do costume, porque o o figurino era mais do mesmo. Assim que cheguei deparei-me com o pai César de volta das carnes, é um facto que ele entende bem do assunto. Os pianos de entrecosto, e as febras de picanha já se faziam cheirar ao longe, e que bom este cheirinho. Um estranho já ali se encontrava e de pronto foi apresentado e cumprimentado, mal ele sabia do filme que estava a participar. depois de subir as escadas deparei-me com o resto da malta, tinha um feeling que a velha Júlia estava de volta do saboroso molho de tomate, e do feeling não me errei. Ora o belo do repasto estava a ser preparado, preto não sabe conviver falar nem festejar de barriga vazia. Depois entre cumprimentos, de muitos que já não via à alguma tempo e de outros que nem sequer conhecia, o ritual da festarola deu inicio. Hummmmmmm aquele belo cheirinho da boa comidinha, mas desta vez com uma variação mais brasileira, dado que nem toda a gente podia gostar da mistela da farinha de mandioca. Foi logo de principio que DJ Muamba se fez puxar dos seus galões, ligou a aparelhagem e começou a dar som às primeiras jingas do dia. O almoço estava posto, e ja estavam todos de volta da buxinha ehehehe.
Conversa para aqui e conversa para ali, os interpretes como quase sempre os mesmos, Nelson Cesar Catarina e João, os outros eram mais quase os assistentes que so tinham sido contratados para bater as palmas. A musica ouvia-se do fundo, nomes como Paulo Flores Bonga e Eduardo Paim, os reis do velho semba já se faziam ouvir na sala. O certo é que os bomboletas não saiam da mesa, só desaparecia a comida e aquele belo vinho verde, que fresquinho até estalava. Depois do fim do almoço e da respectiva aguardente velha bebida, começa a boda. A jinga do fundo quase que como empurra um preto para uma dança, e mesmo que que parado se encontrasse, aquele flow que balança na espinha não deixa ficar quieto. É aqui que Muamba que agarra na Bleza da mulher do Kwanza Norte e começam no sembão, o novo mestre da musica la da tamba, Yuri da Cunha, faz-se ouvir na frequência e no ritmo certo. Poxa, aquela velha dança muito, sempre naquele estilo de velha, aquela semba ritmada mas simples, e com a dança conservadora de outros tempos, mas nunca saindo fora de tempo, aquelas pernas parece que ficam 60anos mais novas e mexem-se sem haver amanhã. Porra pa velha, está sempre deserta para que a agarrem e comecem ali ali balança balança da jinga, lembrando os velhos tempo de camabatela, onde todo o madje que fosse na boda tinha por obrigação mostrar o muito ou pouco que sabia fazer, era quase que como um "achas que sabes dançar" de outras tarimbas.


Ter o sangue quente é ser diferente, mesmo que seja impossível de dançar é sempre passível de se sorrir.

Como diz o Léo na passada seguinte, "É bumbar bumbar, parar é conversa, não aceita mano ser kunhanga"

É para isto que existe Deus?

Para além de vergonhoso, é com custo que vos escrevo este "post". Este Deus existe?será isto um acto de fé?se estas mortes são um sacrifício para o bem de todos?
Se é esta uma parte do meu mundo, algo de muito errado se passa. Não quero nem posso ficar calado com isto. E não muito mais conseguirei dizer, tenho vergonha de partilhar um mundo assim.


PS: é uma questão de ao filme assistirem


sexta-feira, 30 de julho de 2010

De feio não tinhas nada

É com alguma tristeza que reato barulho das teclas a bater para desta minha imaginação sair mais um texto. Num tom de pouca noticia e mais de uma confissão partilho que há coisas que me deixam triste. É com enorme saudade que vejo partir um dos maiores génios da comédia portuguesa. António Feio desde há muito que esteve ligado às gargalhadas de muito de nós. Muitos foram o que se riram, muitos foram o que choraram, muitos foram os que sorriram, e ainda muitos foram o que se inspiraram.
Acreditem no que vou dizer, tantas foram as "conversas da treta" de muitas discussões que nós já tivemos nesta vida fora, e quantas foram aquelas que realmente tinham o seu real valor? Das últimas entrevistas que havia visto do António, creio que mais que um sofrimento, mais que um martírio, esta doença tinha lhe trazido uma verdadeira lição de vida, e foram vários os momentos que depois de tal conclusão ele havia tentado passar a mensagem que trazia no peito.
"Vivam, cuidem-se, preocupem-se mas acima de tudo vivam!", palavras de quem com tanta facilidade sabia despontar um sorriso do outro lado, e mesmo já ciente dos ultimos passos que estava a dar nesta vida, ele não se cansava de mandar aquela piada de ocasião, leve solta e simples, toques de mestria na arte de fazer rir. Querendo eu também fazer passar a minha mensagem, aqui vos deixo o que vos quero dizer. Não deixaremos fazer o enterro deste homem, recordaremos, lembraremos, e usaremos este homem, António Feio de nome, como exemplo, de quem lutou, e sempre com um sorriso no rosto, nunca desistiu!

Aqui fica a minha eterna homenagem, por quem já ri, chorei, e ate me inspirei!um até sempre!


Ps:Aqui está uma das ultimas entrevistas do António, vale a pena ver.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Se por um instante

E eis que, mais num momento me encontro, e por momento esse, por coincidência e até por mera curiosidade, visitei o quarto do meu insano colega Tiago, por inquietude fui reler os poemas com que provavelmente ele revê a sua mente, e com que reveste sua porta da camisaria e trouxa de roupa que ali guarda. Houve logo um de principio que me despertou a atenção, por ser o maior, e por estar disposto de um particular relevo, centrado perante o rodeio de todos os outros. Comecei por reparar nos autores que ali se encontravam, quase todos portugueses, e muitos até são heterónimos da nossa Grande Pessoa, li alguns pedaços, daqui dali, acolá, ora em cima ora em baixo, mas não conseguia desviar a atenção daquele que já me havia despertado interesse, como gosto de deixar sempre o melhor para ultimo, e para assim sobressair sempre uma melhor apreciação das coisas, comecei por ler, algo de um autor que seu nome já se havia entoado no meu ouvido, mas que da obra conheço muito pouco, com vocês partilho.... "Se por um instante..."

“Se, por um instante,
Deus se esquecesse de que sou uma marioneta
de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida,
possivelmente não diria tudo o que penso, mas,
certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor as coisas, não pelo que valem,
mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais,
pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos,
perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais parassem,
acordaria quando os outros dormem.
Escutaria quando os outros falassem e
gozaria um bom sorvete de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida,
vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo,
deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma.

Deus meu, se eu tivesse um coração,
escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre
estrelas um poema de Mario Benedetti e uma
canção de Serrat seria a serenata que ofereceria a Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para
sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida.
Não deixaria passar um só dia sem
dizer as gentes - te amo, te amo.
Convenceria cada mulher e cada homem que
são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.
Aos homens, lhes provaria como estão
enganados ao pensar que deixam
de se apaixonar quando envelhecem, sem saber
que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança, lhe daria asas,
mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos ensinaria que a morte não
chega com a velhice, mas com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha,
sem saber que a verdadeira felicidade esta na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta
com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai,
o tem prisioneiro para sempre.
Aprendi que um homem só têm o direito de olhar um
outro de cima para baixo para ajuda-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês,
mas, finalmente, não poderão servir muito
porque quando me olharem dentro dessa maleta,
infelizmente estarei morrendo.”


Porque quem cala consente!

Mais do que uma noite que passa por mim, mergulhado no estudo que não se entende, é um pensamento puro que percorre o meu pensamento, e me faz rever muito do que já vivi, e prever, pensar naquilo que ainda vou viver. É por certo que nestes momentos melancólicos em que muitas vezes me encontro, que muitas das palavras e frases que escrevo saem que nem flash's rápidos da imaginação.
Confesso que o desejo que em escrever aqui, é muito superior ao tempo que muitas vezes disponho, mas sempre que posso confesse-vos um pouco do que me vai na alma. Este texto tem a principal importância para quem ouve me escuta me olha, de quem eu já pouco sei, mas gostaria de poder saber muito mais, alguém que me conhece me sabe me adivinha, alguém que se esconde no silencio da penumbra do distante, remetendo para a sorte do destino, a resposta da pergunta que fica sempre na despedida. Sei que a resposta ao que escrevo vai ser igual a muitas outras e tantas vezes, o silêncio a ausência o inócuo o vazio.... mais do que um mero comportamento, o habito tornou-se um costume, e o costume uma mera reincidência. Como quem de velho sábio já dizia "Quem cala consente".......



terça-feira, 15 de junho de 2010

Só a titulo de curiosidade!

"...No one's gonna take me alive
The time has come to make things right
You and I must fight for our rights
You and I must fight to survive..."

Porque me diz muito, e porque acreditarei que diga a mais alguém!

domingo, 6 de junho de 2010

Eis que me espanto! ALF são bons e são tugas

Confesso que sou um profundo admirador do que se faz em Portugal, alguns me chamarão nacionalista com certeza, mas o orgulho que tenho em dizer a toda a gente que nasci neste cantinho do mundo não me deixa ter outras opiniões.
Isto porque, eu além de adorar musica, mais adoro e respeito, quem por esse modo se faz expressar de português para português se fazer ouvir. Acreditem e confesso que no início nunca fui muito admirador do seu estilo, incidia principalmente num estilo dos quais não faz muita da minha preferência, creio que muito influenciados pelo novo "comercial" rock britânico, e o instrumental, solos, melodias, estranhos instrumentos, era a imagem de marca do inicio de uma nova banda la pos lados da minha saudosa terra.
E eis que me espanto com a sua nova produção, mais requintados, mais selectivos, prezando pela grande língua que Camões gritou ao mundo, com sonoridades um pouco diferentes, criaram em mim uma admiração e respeito por tais musicas. Alguns são meus conhecidos, não posso dizer mesmo amigos, porque é um facto que não partilho grandes intimidades com eles, mas são meu conterrâneos, que levam o nome de Mação bem longe, e são dignos de representar Portugal seja onde for.

De mim tem o meu apoio, e espero que como eu, mais apoio virá.

Aqui vos deixo a pagina deles, ajudem e apoiem a musica Portuguesa!

http://www.myspace.com/alf002

PS: com isto junto uma musica deles que particulamente gosto!

sábado, 22 de maio de 2010

Eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma!

"Fora da noite que me encobre,
Negro como o poço de polo a polo,
Agradeço ao que os deuses possam ser.
Pela minha alma inconquistável.

Nas garras das circunstâncias.
Eu não recuei e nem gritei.
Sob os golpes do acaso.
Minha cabeça está sangrando, mas não abaixada.

Além deste lugar de ira e lágrimas.
Só surge o horror da sombra,
E ainda a ameaça dos anos
Encontra e me encontrará sem medo.

Não importa o quão estreito seja o portão,
quão repleta de castigos seja a sentença,
eu sou o dono do meu destino,
eu sou o capitão da minha alma"


William Ernst Henley (1849-1903)

Filho de preto sabe dançar!

Este cheirinho afrodisiaco, dos ventos quentes que nos chegam do continente vizinho, trazem a magia a festa e o ritmo caliente de terras de gente escura, mas que transmitem uma energia inigualavel!
Como sei realmente do que falo, e como o sangue que trago em mim, de gente escura também o é, vou partilhar com voces um cheirinho da festa angolana. Aqueles almoços na casa da avó julia, aquele Funge, aquela Muamba, o pirão, o feijão de oleo de palma, o jindungo, e o barulho de semba por trás, como que a puxar-nos para uma dança atrás de outra. Semba é assim, é alegria, é dança é festa, e tenho orgulho em ser filho de preto também, e poder sentir este calor em mim contagiar quem me rodeia. Se filho de peixe sabe nadar, filho de preto sabe dançar!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Não sou Comercial

A conclusão é: Não vivo do comercial
Não estou aqui por que agrado nem porque quero agradar, não estou aqui por suplicio nem porque me pediram por favor, não estou aqui por forma de bem estar nem porque se sentem bem com a minha presença, estou aqui porque sim, porque escrevo sempre que posso mas nem sempre que quero. Muita da minha vida consome ainda mais do meu tempo, e poucas são as lembranças de algum tempo em que paro para fazer algo daquilo que gosto. Podem até me achar louco, olhar de lado, ou até mesmo achar que me tento misturar na vaidade mundana actual, que enche muita gente o peito pertencendo à comunidade bloguista. Mas não, muitos dos textos não tem nexo, muitos dos textos nem sequer chegam a roçar o mediano, mas estes são os meus textos, as minhas palavras, os meus desabafos, não porque espero um dia editar tudo o que escrevo em texto, não porque quero ser ser reconhecido na rua ou por um amigo que diz "escreves muito bem", quero sim ser reconhecido simplesmente pelo João, que com quase um terço da esperança média de vida, e que se deixa vaiar constantemente pelo seu ego interior, na incessante busca da perfeição, porque nada está bem, porque o desafio desponta interesse, e porque não quero ficar tal e qual como estou.
Quero muito mais e melhor, quero ser diferente, quero ser diferente desta realidade toda que me rodeia, que se alimenta da fama, da inveja e da luxúria, não quero apenas viver a vida, quero viver e tudo a que dai em pertence. Não sou alheio de tudo o quem me rodeia, nem de todos que me rodeiam, não me fecho no meu mundinho e fico pasmado a olhar para o meu lindinho umbiguinho. Quero sim olhar ao que se passa à minha volta, quero poder afirmar informar decidir, quero opinar, quero influenciar, quero poder avaliar o positivo do que se vê e corrigir o negativo do que se faz, não sou de me esconder, e se este mundo precisa de contribuições positivas e fundamentadas, estou de consciência tranquila para poder gritar PRESENTE, sempre que achar necessário, e com altiva voz afirmar de onde venho e para onde vou. Porque mantenho querer ser igual, mas mantenho ser diferente!

PS: Como sabem, cada texto é acompanhado de uma inspiradora musica, mas esta tem a particularidade de além de ser em português tem uma mensagem que vale a pena perceber.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

há la coisas

Vou começar o texto com uma famosa frase, "Ha la coisas!"
Confesso-vos que nos últimos tempos esta é uma das frases que mais me tem ocorrido. Um dia Adorava poder arranjar um tradutor de ideias, um assessor de memorias, um entendedor de atitudes, um desmistificador de rumos, enfim..... todo um rol de instrumentos que eu acho extremamente necessários para começar a entender uma data de coisas que acontecem no dia a dia.
Por vezes eu sinto-me um pouco perdido e desconectado do mundo, e pergunto-me, será que sou eu que estou errado?
Fui


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aprendi a aprender

Aprendi a gostar aprendi a amar aprendi a idolatrar, aprendi a ler aprendi a escrever aprendi a soletrar, aprendi a saltar correr fugir, aprendi a respeitar aprendi a ouvir a seguir, aprendi a contar a pensar a reflectir, aprendi ir a vir a regressar, aprendi a errar a insistir a desculpar, aprendi a julgar a criticar a aconselhar, aprendi a aprender....
A cada dia que passa respiro vida, e sinto-me um privilegiado por gostar assim tanto de viver, por ter assim tanto aprendido, e por saber que muito mais tenho a aprender. Muita gente conheci e outra tanta ainda vou conhecer, com todos sei que irei aprender mais. Sou um eterno curioso, e isso me faz viver a vida sempre em turbulências diferentes, nunca me cansando de deste mundo todo poder me inspirar.
Acredito que o conhecimento nos traz sabedoria, e que a sabedoria nos traz conhecimento, aprendi a não me cansar de querer aprender e espero nunca querer aprender a cansar de aprender!


Momento

"Momento é por definição o instante irrepetível. A música é pois, ainda que de forma estranhamente paradoxal, a arte de tornar perene o momento, estruturada que é no conceito de tempo e da repetição encantatória deste. Assim construí eu este disco. Uma maneira de tornar eternos os meus instantes, de os lançar como nuvens invisíveis sobre o céu carregado das melodias que me ensombram. Aqui habitam todos os fantasmas, as obsessões, as loucuras possíveis e todas as outras que não cheguei ainda a pronunciar. Das palavras faço canções que me fintam e se perdem por entre a harmonia seca de um piano qualquer. São as esquinas da cidade que me seduzem, mulheres vestidas de maquilhagem carregada, vultos escorregadios que tecem a noite como pássaros silenciosos, madrugadas encantadas entre as pegadas de um areal molhado pela chuva imprecisa. Os meus momentos são banais e por isso os canto. Esta vontade que tenho de tornar o real numa canção que repito até que outra canção me surja do sonho. Elas são o mundo a pulsar a cada piscar de olhos, o lento crescer de um lírio num deserto de cetim e cimento, as letras esbatidas de um jornal que ninguém lerá. Este é o meu Momento. Assim se cumprirão nas vossas mãos os meus instantes irrepetíveis."


segunda-feira, 29 de março de 2010

Pela primeira vez cheirei a Primavera

Pela primeira vez em 2010 cheirei a primavera, é por aqui que quero começar. Era ainda de manhã quando à rua me fiz chegar. De entre muita chuva e frio que se tinha feito sentir nos últimos dias, este era o primeiro dia de sol a sério que via este ano. Parece que aquele sol uma nova alegria me trouxe, foi ai elevei a cabeça para cima, que olhei de frente para o sol, abri bem os braços, e fiz um profundo inspirar. Aquele cheiro doce do pólen das bonitas flores da primavera entrara no meu peito, eu podia sentir bem aquele cheiro dentro de mim, e novas inpisrações me surgiram.
É com muita alegria que a todos pude dizer, Hoje pela primeira vez pude cheirar a Primavera.

Ps: E aqui mais um momento musical destes enorme e memoráveis Madredeus, é pena que a porcaria de politica musical portuguesa não seja compatível com o vosso enorme talento.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas há coisas que não mudam

O fim de semana passado, de mais uma boa experiência eu pude presenciar. Mais uma reunião da "Comitiva do Bacalhau" se realizara. Já o cheiro de cabrito assado se fazia sentir, aquando da minha chegada. Entre varias garrafas de alternativas, aquele nosso especial vinho branco cheio de significado, já se podia ver cortado, o pão, a morcela, o queijo fresco, e o presunto, nobres produtos da nossa terra e dos quais perco algum tempo a me deliciar. Mais uma tertúlia ia acontecer, confesso que levo estas reuniões muito a peito, pois de entre muita gente eu sou dos elementos mais novos de tal famosa mesa. Depreendo aquilo como uma lição de vida, pois a cada encontro tenho sempre novos conhecimentos adquiridos e novas historias para recordar.
É com enorme prazer, que posso partilhar um saboroso almoço com esta "velha guarda" que de velha só tem a idade, porque o novato espirito e o infantil viver nunca são postos de lado para esta gente. Entre alguns "mal dizeres" que sempre se fazem ouvir, politica nacional e local são dois assuntos que imperam sempre naquela cozinha. uma historia daqui, um boato dali, muita coisa ali se houve.
Fazendo estalar vários brindes de "penalty" do agreste vinho maçanico, surge a personagem mais idílica deste grupo, O grande Chico Sequeira. O que muitos conhecem como apenas o Chico Sequeira, eu conheço por sendo o meu tio ali do lado. Sempre que sua voz se faz ouvir, as normais conversas paralelas param, e todos com enorme atenção, ouvem as palavras sábias que saem sempre de sua boca.
Ele sim o mentor, fundador, sócio honorário, ídolo, chefe, patrão, general, e tudo que de superior que neste convivio superior possa ser, é representado por este grande senhor. Além de senhor enormemente respeitado na nossa terra, o Chico Sequeira para mim é alguém em quem algumas vezes penso e me revejo.
Timbre de voz contagiante, sentido de humor bem elevado, enorme capacidade de liderança, isento de influencias mesquinhas, uma pessoa frontal e vertical. É com muito agrado que posso apreciar a alegria de viver deste homem, que com o avançar do tempo não deixa de lado a chama de cada uma de sua virtude. Quando de mais avançada me encontrar, assim também me quero encontrar. Mais um brinde a este meu tio avô, o meu Tio Chico. Levantai-vos camaradas, ergam seu copo, cheio do doce sumo da uva, e para mais um brinde vams enunciar, a este grande homem Francisco, E VAI ACIMA, E VAI ABAIXO, E VAI ACIMA E VAI AO CENTRO, E VAI PARA DENTRO!

Porque se podem mudar os tempos, podem mudar as vontades, mas há coisas que nunca mudam!

Ps: Para sempre este momento musical partilhado, de outrora que alguém religiosamente bem sabia escrever, sobre quem nem me quero equipar, mas demais eu consigo sentir, pois de mudança também me consigo alimentar.

domingo, 28 de março de 2010

Voo jacto

Porque o tocar deste piano me ilumina, me inspira, da asas a muita da minha imaginação. Porque voo ao ritmo do som, ao despontar desta musica, em rápido passo percorro muito do meu mundo interior, entre recordações flash's e memorias, trespasso do que a minha alma se alimenta!
Porque muito do viver é muito do que recordar!


Esse tal de Amor

Porque a mestria de quem escreve, não pode nem deve ser esquecida. Porque há que dar valor a quem escreve, quem toca, quem canta, a quem o faz com entrega e "amor" pelo seu fazer!
Porque são poemas, notas, e maneiras de se estar, que encontro nas obscuridades da música portuguesa!
Com vocês partilho Donna Maria

"Mas nem sempre vale esse tal de amor

Que tanto se fala

Nem sempre cabe no peito o espaço que falta

Porque o amor nem sempre existe

Nem sempre subsiste

Apesar de por vezes jurarmos que o vimos passar

Bem perto de nós, bem juntinho a nós

Mas a ilusão também existe

E também nos faz acreditar, confiar, sonhar

Que o fogo arde no mar

E que a maré não pode matar

Para a seguir apagar, anular, desaparecer

Como o ar que se nos escapa de uma respiração

Até não sermos nada

Nem sim

Nem um simples... Não"



domingo, 14 de março de 2010

Saudosismo

Depois de mais uma noite louca de rock, onde só quem respira musica tem a dignidade de pertencer ao mundo dos loucos. Uns dirão que é demasia, outros chamarão intensidade, mas poucos tem a cumplicidade necessária para entender tal comportamento. Em diante, mais uma noite findara, as luzes claras se ligavam, e o álcool já se havia apoderado do nosso sangue. O beber do ultimo copo, a busca do agasalho, a saída para o exterior, o apanhar do táxi, e os 4 colegas de há muito iniciavam nova viagem.
Em tudo seria uma viagem normal, as baboseiras, os gritos, o gozo, até que o raja abre o seu vidro e coloca a cabeça de fora, e denotava alguma indisposição. O taxista abranda, e tenta a chantagem com os clientes, forçando a deixa-los ali. Aí raja fez-se de forte, e foi aguentando até ao nosso destino. Outras discussões se fizeram ouvir, a da praxe discussão politica, fizera aquecer os ânimos naquele veiculo, o normal de sempre para sempre.
Já era praticamente de manhã quando fomos deixados em plena rotunda da Estefânia. A normal confusão dos trocos, eu pago isto tu aquilo, ate que o consenso chegou e o taxi seguiu sua viagem. Depois de toda aquela agonia, raja sai à pressa do taxi e agarra-se à caixa da PT, e vomita-se. Depois de se ter aliviado solta um desabafo "À muito que não vomitava, estou a ficar velho!". Foi aí que nossas consciências tomaram conta do nosso pensamento, não mais poderíamos concordar com tal afirmação. Anos depois deixará de haver amarelo, deixará de existir hajakalma, deixará de existir raja, tal como deixarão de existir tantos outros. Mas o importante é que fique a lembrança dos bons tempos vividos, e da amizade conseguida.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Primeiro Desabafo

É com alguma subtileza que vos vou partilhar um desabafo.
Era de minha vontade, a já avançada hora da noite, ver um filme. Depois de algumas escolhas, das limitações que tinha e de alguns imprevistos de ultima hora, la "cliquei" na película que havia escolhido. Do titulo muito não haveria para dizer, porque também "apelativo" era adjectivo que nele não se encontrava. Mas entre várias opiniões de quem de cinefilia entende, esta haveria de ser um escolha acertada.

Eis que aqui começa o meu desabafo. Nunca houve um filme que tanto me tivesse emocionado, confesso que mesmo de homem forte que me mascarasse, não conseguiria por certo ficar indiferente à historia que ali se relatava. Depois de uma breve introdução, e de estar familiarizado com o elenco que ali se encontrava, senti a primeira emoção a bater cá dentro, e entre lágrimas e sufoco todo o filme assim me emocionara.

Eu gostava de voltar a ser criança, em criança também desejava ser explorador, viajar conhecer desbravar cada pedaço do mundo, pois só assim me sentiria livre, e esse espírito nobre de uma criança se haveria de eternizar em toda a minha viagem.

Quando somos crianças, inocentes que são os nossos sorrisos, podemos correr saltar pular fugir gritar, e toda a liberdade devemos sentir, o respirar bem fundo enquanto de braços abertos rodopiamos, é um exemplar sinal de tal "libertez" do nosso espírito, que como em segundos desse uma tão rápida volta ao mundo, e imagem que desse mundo a nós trazemos, é uma alegria que parece não mais ter fim.

Creio que existe 2 fases bem diferentes existe em todo o mundo da crainçada. Uma primeira é aquela em que tudo parece certo, tudo é óbvio, a alegria o sol o céu, tudo aquilo que naquela idade adoramos observar, são indicativos da plena harmonia em que aparentamos viver. Existe então essa segunda fase, a dita fase dos porquês, e ai, parece que cada adulto sabe exactamente o quanto por nós tem de fazer. Ideiais, culturas, pensamentos, morais, princípios, são nos debitados, como se esses valores e regras únicas fossem levados tão a sério, fossem tão uniformes, para que ainda permaneça a nossa ideia mundana do tempo de criancinha.

Aquando dos reparos de que nada do que nos foi incutido é exactamente o que acontece na realidade, é exactamente o ponto em que deixamos de ser criança. Então ai o sorriso esmorece, o brilho apaga, a alegria acalma, a liberdade transforma-se em rotina, e tais desejos de criança acabam por se tornar utopias.

Não há maior desejo, nem maior virtude para uma pessoa do que a liberdade. Só é feliz quem tem escolha, quem é livre de optar o seu caminho, quem está apto para escolher o seu desejo.

Porque nesse momento em que somos adultos, em que todo o mundo "cor-de-rosa" desvanece como se de um velho castelo pedras soltas se tratasse, em que muitas escolhas, muitas opções, não irão existir, vamos desejar voltar a ser crianças, e da velha liberdade ambicionaremos poder gozar.




Ps: Já agora nao me iria embora sem vos dizer qual assim me colocára. "Rapaz do pijama às riscas!" acho que é uma excelente recomendação.

A Musica da praxe

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O sorriso do fim de tarde

Se há historias que dão lições de vida, se dos problemas só sabe quem neles passa, mais do que a lição de vida é poder ver-te sorrir no meio do "nosso" grupo depois deste teu primeiro jogo dum longo campeonato.
No inicio de uma nova tarde foi decidido receber o nosso amigo com sorriso, 3 carros cheios de gente, alegria nas almas, uma camisola no ombro, embarcamos nós no sentido do Penhascoso.
Acelarações, "esses" na estrada, buzinas, apitos, tudo servia de pretexto para que a nossa caminhada se ouvisse ao longe, e aquando da nossa chegada ja o visitado adivinhara o que ali vinha.
Abraços apertos de mão e "babuseiras" iam acontecendo, Oscar ali estava nos descanso, e logo se levantou para com camaradagem receber os transeuntes que ali chegavam, outros ja la se encontravam, e foi com grande alegria que ali pude assistir a sinceros sorrisos de cachopo que ele emanava. Entre familia e outros visitantes um bom convivio ali acontecia.
As piadas de Pollo e Falluan's ja se se faziam ouvir, entre risos e saltos algum tempo se passou, partiu-se o bolo e abriram-se as "carcaças" que ja haviam estalado na padaria ali ao lado. Mete chouriço, mete queijo, salta carica, e o fim de tarde ali se passara, havia quem ja gritasse "levem daqui estes homens, eles comem e bebem tudo!".
O Sol ja começara a descer e nos ali continuavamos, como se quisessemos que o tempo parasse e tudo o resto fosse esquecido. Futebol, Basket, Politica e mulheres, a discussão habitual do publico masculino, e as risadas do costume não se calavam lolol.
O rumagnoli não muda, os outros sempre a conversar e ele não largava a comida e a bebida, Janicio nem liga sequer à comida, so bebe, Dolores não é capaz de esperar por uma pausa na conversa para sacar do cigarro, caixões e aqua men permaneciam na "timidez" do costume, a disputa entre a melhor piada da tarde não parava entre pollo e faluan's, quibomo com a sua pausa de "street man", o único que de calções ali se encontrava, assistia e dava as gargalhadas da prache, e muamba ali tentava meter o amigo ocorrente dos assuntos da terra. O pai do pão la foi descansar, o irmão ali estava a ajudar, a mãe a asssitir, e outras visitas ja se faziam ouvir, mas os mesmo ali continuavam.
O toque na porta que a Sra. enfermeira fez soar interrompeu a conversa, e duas mulheres se fizeram apresentar, claro que durante alguns segundos as palavras pararam e eles ali ficaram à espera dos beijinhos. Beijinho aqui e beijinho ali la eles se deliciaram. Entretanto o tempo passou ja era hora de partir, o Óscar la se levantou para a pica levar, mas também te digo Igor, não troco a beleza da menina por outra qualquer, levar picas assim não custa tanto.
Enfim, depois da camisola entregue, das carcaças comidas e das cervejas bebidas, reparamos no objectivo da visita, é com agrado que te vemos sorrir no seio nosso grupo de sempre para sempre.
Um Abraço


Como sempre o som que me acompanha

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma Noite ao Luar

Confesso-vos, sou um adepto fervoroso da noite, a noite tem em mim um poder que me alimenta, mas ao mesmo tempo me corroí, me consome, me domina, e assim existem dias em que não quero nem posso dormir.
Depois de uma criteriosa escolha de leve musica que se faz soar, o rodar para nível mínimo se segue, de tão subtil é esse desejo do silencio ouvir tal como é a ânsia da companhia da musica necessitar. É em plena noite, no silencio que em nós nos faz abraçar, que o pormenor ganha outra relevância. O pormenor da escrita do nosso computador, o pormenor das mãos soltas que as letras fazem aparecer, o pormenor do pensamento que em mim se faz viajar, tudo ganha uma dimensão diferente daquela que havia tido até então.
Convosco partilho o critério que tive nesta melodia escolher, porque são únicos na filosofia que escolhem, porque unem um povo à volta de um só espírito, até o pequeno pormenor da língua em que escrevem e se exprimem é diferente, com eles deixamos todo e qualquer "comercialismo" de parte e viajamos naquele mundo pelo qual estou mais apaixonado, o Alternativo.

Sigur Rós - O nome, em islandês, significa "rosa da vitória", e pronuncia-se "si ur rous"

Eis aquilo que me chega ao ouvido no momento, tanto pela voz diferente do seu vocalista, tanto pela simplicidade do som que seus instrumentos emanam, ou até mesmo pela frontalidade e pela nobreza seus video clips deterem, é mais um bom conselho que vos deixo.

Mas daqui da noite vos venho falar, não ainda me explicando o porquê que a cada vez nela me refira, até o ossinho mais gelado se arrepia. Pois é unica e exclusivamente na noite que a mais pura das sensações se absorve de mim, "Libertad" "freedom" "vapaus" "свобода" "libertà" "liberté" "frelsi" "Liberdade", uma palavra com tanta dicção e pronuncia mas apenas com um único significado. Afinal o que é ser-se livre?
Ser-se livre é muito mais do que poder estar a escrever-vos desta cadeira onde me sento, ser-se livre essencialmente é ter-se escolha!

Ter-se escolha para gritar quando nos apetece, para sorrir quando nos apetece, para chorar quando nos apetece, correr quando nos apetece, ser-se livre não é restringir-se ao "politicamente correcto", ser-se livre não é escolher um caminho porque não se teve mais alternativas, ser-se livre não é passar fome, não é mendigar, ser-se livre não é sofrer, não é morrer, ser-se livre não é estar preso às suas ideias e as mesmas não as poder divulgar nem defender, ser-se livre essencialmente não é evoluir.
E é assim que exactamente me sinto em cada noite, a cada palavra que me sai da memória muitas outras aparecem no horizonte, do pouco que vos posso escrever muito mais teria para vos dizer, mas do mais não vos quero maçar, porque outros valores se levantariam e estaria assim a impedir a vossa liberdade!

com isto vos quero sussurrar:
"Eu sou e sinto-me livre, sinto livre para dizer escutar defender, minhas ideias desafiar, sinto-me livre para amar gostar ajudar, sinto-me livre para correr saltar empurrar, sinto-me livre para cantar murmurar gritar, e eis que assim cada vez mais me irei sentir, porque da minha liberdade não vou prescindir, vou sim a defender até que a voz me doa, até que o corpo me falhe, até que a memória se esqueça, porque foi um preço muito caro a pagar por alguém que nos entregou tal nobre virtude nas mãos, é um valor tão precioso que não estou disposto a dele me desfazer!"

".....Free at last! Free at last! Thank God Almighty, we are free at last!" Martin Luther King

e aqui vos deixo, a mais simples das liberdades, a liberdade de ser-se criança

domingo, 31 de janeiro de 2010

Porque a sorte do destino não escolhe lugares, não escolhe sítios, pessoas, porque não consigo ficar quieto, parado, calado, porque claro que não consigo sentir o tamanho da tua revolta mas entendo e estou disposto a dividi-la, porque ultrapassa toda e qualquer barreira do aceitável mas assim te ajudarei a ultrapassa-la, porque sei que lágrimas acabarão por aparecer mas assim ajudarei a seca-las, porque todas as minhas palavras são poucas mas ajudarei a que de as todos juntos sejam muitas, porque sei que é mais um caminho difícil mas te levantarei sempre que caíres, porque parece que estas sozinhos mas te indicarei quem te acompanhara, porque parece que o ritmo de corrida é elevado mas um amigo não fica para trás, por tudo isto e muito mais!!
Estarei contigo Igor!!

Os Magalhães caminham juntos!

Improviso

"Prisão é para homens, Caixão é para toda a gente, a Demência é momentânea, e o Amor é eternamente!"

Diario da minha Paixão!

E eis que aqui me encontro, de quanto mais me quero lembrar, muito mais eu quero esquecer. O toque e o gosto são recordados, e acompanhados de uma lágrima sincera e de um sorriso convincente, que outrora pensei que fizessem sentido, recalcam a ideia de que nada mais passa de um momento, de uma história, o que se acredita hoje, descrê-se amanhã, o que se falou ontem, desmente-se depois. Algumas virtudes que possam ter incutido a ideia de que nunca iriam existir, fazem-se parecer como um fósforo, que se acende calorosamente no inicio, e que aos poucos se vai consumindo, fazendo viver uma chama intensa e luzidia, guiando um caminho longo longo que parece nunca mais acabar.

Quando se crê, quando se acredita, quando se vive, paralelamente a uma intensidade de entrega a esse fogo, de tão grande que seja que até parece queimar, esse longo caminho faz-se querer aumentar por uma estrada um pouco sinuosa, cheia de íngreme subidas e súbitas descidas. Mas aquando de mão dada se anda, a base temporal que faz bater o coração da nossa vida diminui, e tudo passa tão depressa, tão rápido, de tão fugaz que foi, toda e qualquer situação que quisesse ser recordada, não passa de pequenos flash's intemporais, dos quais fazemos uso numa redoma de imensas repetições em momentos mais melancólicos como este em que me encontro.

O autêntico fado da vida, em notas um tanto ou quanto melódicas mas ao mesmo tempo vibrante o seu tom deambulante, penetra naquele compasso que bate cá dentro, cheio de variações temporais consoante a exactidão do momento que formamos, faz-nos andar em frente, sem pensar nem reflectir, apenas viver, e em momentos em que a chama se reflecte mais fraca, e a musica se faz parecer mais lenta, é de tendência querer fazer em rasa volta e retornar ao ponto mais quente que possamos encontrar, esquecendo que o tempo corre mas não volta, e nos deparamos com a evidencia de não poder recuar.

É aqui que tomamos consciência de tudo, a saudade do não poder ter acontecido e a angústia do que pôde acontecer misturam-se em sentimentos redundantes no nosso pensamento, e ai mergulhamos num precipício bem alto. Alguns são aqueles que rebuscam das ideias mais inovadores para se puderem soltar da queda livre em que se encontram, mas muitos mais são aqueles que escondidos num orgulho profundo, esperam ansiosamente que dali os venham tirar, pois feridos que estão na alma, entregam o destino à sorte que num golpe fortuito os possa dali tirar.

O meu Fado, a minha sorte, o meu caminho, a minha chama, a minha queda, são coisas que tenho plena consciência com que me haverei de deparar, mas sei acredito e entendo que à sorte do destino não me entrego, entrego-me sim a alguém que o faça por me agarrar, porque o orgulho que sinto em vincar não é mais forte do que a vontade que tenho de AMAR!




quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mais do que não chega, muito do que não vem!

Aqui sobre a Noite escrevo, e sobre a noite vos cumprimento!

Numa breve introduçao aqui o digo, este é o neu novo recanto , aqui vão ser partilhadas, historias, confissões, sussurros, desabafos, futilidades, acontecimentos, aqui espero ser ouvidas opiniões, partilhas e discussões!

Assim acabo e Me despeço!

Ps: partilho para de quem curiosidade se enche