sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O sorriso do fim de tarde

Se há historias que dão lições de vida, se dos problemas só sabe quem neles passa, mais do que a lição de vida é poder ver-te sorrir no meio do "nosso" grupo depois deste teu primeiro jogo dum longo campeonato.
No inicio de uma nova tarde foi decidido receber o nosso amigo com sorriso, 3 carros cheios de gente, alegria nas almas, uma camisola no ombro, embarcamos nós no sentido do Penhascoso.
Acelarações, "esses" na estrada, buzinas, apitos, tudo servia de pretexto para que a nossa caminhada se ouvisse ao longe, e aquando da nossa chegada ja o visitado adivinhara o que ali vinha.
Abraços apertos de mão e "babuseiras" iam acontecendo, Oscar ali estava nos descanso, e logo se levantou para com camaradagem receber os transeuntes que ali chegavam, outros ja la se encontravam, e foi com grande alegria que ali pude assistir a sinceros sorrisos de cachopo que ele emanava. Entre familia e outros visitantes um bom convivio ali acontecia.
As piadas de Pollo e Falluan's ja se se faziam ouvir, entre risos e saltos algum tempo se passou, partiu-se o bolo e abriram-se as "carcaças" que ja haviam estalado na padaria ali ao lado. Mete chouriço, mete queijo, salta carica, e o fim de tarde ali se passara, havia quem ja gritasse "levem daqui estes homens, eles comem e bebem tudo!".
O Sol ja começara a descer e nos ali continuavamos, como se quisessemos que o tempo parasse e tudo o resto fosse esquecido. Futebol, Basket, Politica e mulheres, a discussão habitual do publico masculino, e as risadas do costume não se calavam lolol.
O rumagnoli não muda, os outros sempre a conversar e ele não largava a comida e a bebida, Janicio nem liga sequer à comida, so bebe, Dolores não é capaz de esperar por uma pausa na conversa para sacar do cigarro, caixões e aqua men permaneciam na "timidez" do costume, a disputa entre a melhor piada da tarde não parava entre pollo e faluan's, quibomo com a sua pausa de "street man", o único que de calções ali se encontrava, assistia e dava as gargalhadas da prache, e muamba ali tentava meter o amigo ocorrente dos assuntos da terra. O pai do pão la foi descansar, o irmão ali estava a ajudar, a mãe a asssitir, e outras visitas ja se faziam ouvir, mas os mesmo ali continuavam.
O toque na porta que a Sra. enfermeira fez soar interrompeu a conversa, e duas mulheres se fizeram apresentar, claro que durante alguns segundos as palavras pararam e eles ali ficaram à espera dos beijinhos. Beijinho aqui e beijinho ali la eles se deliciaram. Entretanto o tempo passou ja era hora de partir, o Óscar la se levantou para a pica levar, mas também te digo Igor, não troco a beleza da menina por outra qualquer, levar picas assim não custa tanto.
Enfim, depois da camisola entregue, das carcaças comidas e das cervejas bebidas, reparamos no objectivo da visita, é com agrado que te vemos sorrir no seio nosso grupo de sempre para sempre.
Um Abraço


Como sempre o som que me acompanha

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma Noite ao Luar

Confesso-vos, sou um adepto fervoroso da noite, a noite tem em mim um poder que me alimenta, mas ao mesmo tempo me corroí, me consome, me domina, e assim existem dias em que não quero nem posso dormir.
Depois de uma criteriosa escolha de leve musica que se faz soar, o rodar para nível mínimo se segue, de tão subtil é esse desejo do silencio ouvir tal como é a ânsia da companhia da musica necessitar. É em plena noite, no silencio que em nós nos faz abraçar, que o pormenor ganha outra relevância. O pormenor da escrita do nosso computador, o pormenor das mãos soltas que as letras fazem aparecer, o pormenor do pensamento que em mim se faz viajar, tudo ganha uma dimensão diferente daquela que havia tido até então.
Convosco partilho o critério que tive nesta melodia escolher, porque são únicos na filosofia que escolhem, porque unem um povo à volta de um só espírito, até o pequeno pormenor da língua em que escrevem e se exprimem é diferente, com eles deixamos todo e qualquer "comercialismo" de parte e viajamos naquele mundo pelo qual estou mais apaixonado, o Alternativo.

Sigur Rós - O nome, em islandês, significa "rosa da vitória", e pronuncia-se "si ur rous"

Eis aquilo que me chega ao ouvido no momento, tanto pela voz diferente do seu vocalista, tanto pela simplicidade do som que seus instrumentos emanam, ou até mesmo pela frontalidade e pela nobreza seus video clips deterem, é mais um bom conselho que vos deixo.

Mas daqui da noite vos venho falar, não ainda me explicando o porquê que a cada vez nela me refira, até o ossinho mais gelado se arrepia. Pois é unica e exclusivamente na noite que a mais pura das sensações se absorve de mim, "Libertad" "freedom" "vapaus" "свобода" "libertà" "liberté" "frelsi" "Liberdade", uma palavra com tanta dicção e pronuncia mas apenas com um único significado. Afinal o que é ser-se livre?
Ser-se livre é muito mais do que poder estar a escrever-vos desta cadeira onde me sento, ser-se livre essencialmente é ter-se escolha!

Ter-se escolha para gritar quando nos apetece, para sorrir quando nos apetece, para chorar quando nos apetece, correr quando nos apetece, ser-se livre não é restringir-se ao "politicamente correcto", ser-se livre não é escolher um caminho porque não se teve mais alternativas, ser-se livre não é passar fome, não é mendigar, ser-se livre não é sofrer, não é morrer, ser-se livre não é estar preso às suas ideias e as mesmas não as poder divulgar nem defender, ser-se livre essencialmente não é evoluir.
E é assim que exactamente me sinto em cada noite, a cada palavra que me sai da memória muitas outras aparecem no horizonte, do pouco que vos posso escrever muito mais teria para vos dizer, mas do mais não vos quero maçar, porque outros valores se levantariam e estaria assim a impedir a vossa liberdade!

com isto vos quero sussurrar:
"Eu sou e sinto-me livre, sinto livre para dizer escutar defender, minhas ideias desafiar, sinto-me livre para amar gostar ajudar, sinto-me livre para correr saltar empurrar, sinto-me livre para cantar murmurar gritar, e eis que assim cada vez mais me irei sentir, porque da minha liberdade não vou prescindir, vou sim a defender até que a voz me doa, até que o corpo me falhe, até que a memória se esqueça, porque foi um preço muito caro a pagar por alguém que nos entregou tal nobre virtude nas mãos, é um valor tão precioso que não estou disposto a dele me desfazer!"

".....Free at last! Free at last! Thank God Almighty, we are free at last!" Martin Luther King

e aqui vos deixo, a mais simples das liberdades, a liberdade de ser-se criança