segunda-feira, 29 de março de 2010

Pela primeira vez cheirei a Primavera

Pela primeira vez em 2010 cheirei a primavera, é por aqui que quero começar. Era ainda de manhã quando à rua me fiz chegar. De entre muita chuva e frio que se tinha feito sentir nos últimos dias, este era o primeiro dia de sol a sério que via este ano. Parece que aquele sol uma nova alegria me trouxe, foi ai elevei a cabeça para cima, que olhei de frente para o sol, abri bem os braços, e fiz um profundo inspirar. Aquele cheiro doce do pólen das bonitas flores da primavera entrara no meu peito, eu podia sentir bem aquele cheiro dentro de mim, e novas inpisrações me surgiram.
É com muita alegria que a todos pude dizer, Hoje pela primeira vez pude cheirar a Primavera.

Ps: E aqui mais um momento musical destes enorme e memoráveis Madredeus, é pena que a porcaria de politica musical portuguesa não seja compatível com o vosso enorme talento.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas há coisas que não mudam

O fim de semana passado, de mais uma boa experiência eu pude presenciar. Mais uma reunião da "Comitiva do Bacalhau" se realizara. Já o cheiro de cabrito assado se fazia sentir, aquando da minha chegada. Entre varias garrafas de alternativas, aquele nosso especial vinho branco cheio de significado, já se podia ver cortado, o pão, a morcela, o queijo fresco, e o presunto, nobres produtos da nossa terra e dos quais perco algum tempo a me deliciar. Mais uma tertúlia ia acontecer, confesso que levo estas reuniões muito a peito, pois de entre muita gente eu sou dos elementos mais novos de tal famosa mesa. Depreendo aquilo como uma lição de vida, pois a cada encontro tenho sempre novos conhecimentos adquiridos e novas historias para recordar.
É com enorme prazer, que posso partilhar um saboroso almoço com esta "velha guarda" que de velha só tem a idade, porque o novato espirito e o infantil viver nunca são postos de lado para esta gente. Entre alguns "mal dizeres" que sempre se fazem ouvir, politica nacional e local são dois assuntos que imperam sempre naquela cozinha. uma historia daqui, um boato dali, muita coisa ali se houve.
Fazendo estalar vários brindes de "penalty" do agreste vinho maçanico, surge a personagem mais idílica deste grupo, O grande Chico Sequeira. O que muitos conhecem como apenas o Chico Sequeira, eu conheço por sendo o meu tio ali do lado. Sempre que sua voz se faz ouvir, as normais conversas paralelas param, e todos com enorme atenção, ouvem as palavras sábias que saem sempre de sua boca.
Ele sim o mentor, fundador, sócio honorário, ídolo, chefe, patrão, general, e tudo que de superior que neste convivio superior possa ser, é representado por este grande senhor. Além de senhor enormemente respeitado na nossa terra, o Chico Sequeira para mim é alguém em quem algumas vezes penso e me revejo.
Timbre de voz contagiante, sentido de humor bem elevado, enorme capacidade de liderança, isento de influencias mesquinhas, uma pessoa frontal e vertical. É com muito agrado que posso apreciar a alegria de viver deste homem, que com o avançar do tempo não deixa de lado a chama de cada uma de sua virtude. Quando de mais avançada me encontrar, assim também me quero encontrar. Mais um brinde a este meu tio avô, o meu Tio Chico. Levantai-vos camaradas, ergam seu copo, cheio do doce sumo da uva, e para mais um brinde vams enunciar, a este grande homem Francisco, E VAI ACIMA, E VAI ABAIXO, E VAI ACIMA E VAI AO CENTRO, E VAI PARA DENTRO!

Porque se podem mudar os tempos, podem mudar as vontades, mas há coisas que nunca mudam!

Ps: Para sempre este momento musical partilhado, de outrora que alguém religiosamente bem sabia escrever, sobre quem nem me quero equipar, mas demais eu consigo sentir, pois de mudança também me consigo alimentar.

domingo, 28 de março de 2010

Voo jacto

Porque o tocar deste piano me ilumina, me inspira, da asas a muita da minha imaginação. Porque voo ao ritmo do som, ao despontar desta musica, em rápido passo percorro muito do meu mundo interior, entre recordações flash's e memorias, trespasso do que a minha alma se alimenta!
Porque muito do viver é muito do que recordar!


Esse tal de Amor

Porque a mestria de quem escreve, não pode nem deve ser esquecida. Porque há que dar valor a quem escreve, quem toca, quem canta, a quem o faz com entrega e "amor" pelo seu fazer!
Porque são poemas, notas, e maneiras de se estar, que encontro nas obscuridades da música portuguesa!
Com vocês partilho Donna Maria

"Mas nem sempre vale esse tal de amor

Que tanto se fala

Nem sempre cabe no peito o espaço que falta

Porque o amor nem sempre existe

Nem sempre subsiste

Apesar de por vezes jurarmos que o vimos passar

Bem perto de nós, bem juntinho a nós

Mas a ilusão também existe

E também nos faz acreditar, confiar, sonhar

Que o fogo arde no mar

E que a maré não pode matar

Para a seguir apagar, anular, desaparecer

Como o ar que se nos escapa de uma respiração

Até não sermos nada

Nem sim

Nem um simples... Não"



domingo, 14 de março de 2010

Saudosismo

Depois de mais uma noite louca de rock, onde só quem respira musica tem a dignidade de pertencer ao mundo dos loucos. Uns dirão que é demasia, outros chamarão intensidade, mas poucos tem a cumplicidade necessária para entender tal comportamento. Em diante, mais uma noite findara, as luzes claras se ligavam, e o álcool já se havia apoderado do nosso sangue. O beber do ultimo copo, a busca do agasalho, a saída para o exterior, o apanhar do táxi, e os 4 colegas de há muito iniciavam nova viagem.
Em tudo seria uma viagem normal, as baboseiras, os gritos, o gozo, até que o raja abre o seu vidro e coloca a cabeça de fora, e denotava alguma indisposição. O taxista abranda, e tenta a chantagem com os clientes, forçando a deixa-los ali. Aí raja fez-se de forte, e foi aguentando até ao nosso destino. Outras discussões se fizeram ouvir, a da praxe discussão politica, fizera aquecer os ânimos naquele veiculo, o normal de sempre para sempre.
Já era praticamente de manhã quando fomos deixados em plena rotunda da Estefânia. A normal confusão dos trocos, eu pago isto tu aquilo, ate que o consenso chegou e o taxi seguiu sua viagem. Depois de toda aquela agonia, raja sai à pressa do taxi e agarra-se à caixa da PT, e vomita-se. Depois de se ter aliviado solta um desabafo "À muito que não vomitava, estou a ficar velho!". Foi aí que nossas consciências tomaram conta do nosso pensamento, não mais poderíamos concordar com tal afirmação. Anos depois deixará de haver amarelo, deixará de existir hajakalma, deixará de existir raja, tal como deixarão de existir tantos outros. Mas o importante é que fique a lembrança dos bons tempos vividos, e da amizade conseguida.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Primeiro Desabafo

É com alguma subtileza que vos vou partilhar um desabafo.
Era de minha vontade, a já avançada hora da noite, ver um filme. Depois de algumas escolhas, das limitações que tinha e de alguns imprevistos de ultima hora, la "cliquei" na película que havia escolhido. Do titulo muito não haveria para dizer, porque também "apelativo" era adjectivo que nele não se encontrava. Mas entre várias opiniões de quem de cinefilia entende, esta haveria de ser um escolha acertada.

Eis que aqui começa o meu desabafo. Nunca houve um filme que tanto me tivesse emocionado, confesso que mesmo de homem forte que me mascarasse, não conseguiria por certo ficar indiferente à historia que ali se relatava. Depois de uma breve introdução, e de estar familiarizado com o elenco que ali se encontrava, senti a primeira emoção a bater cá dentro, e entre lágrimas e sufoco todo o filme assim me emocionara.

Eu gostava de voltar a ser criança, em criança também desejava ser explorador, viajar conhecer desbravar cada pedaço do mundo, pois só assim me sentiria livre, e esse espírito nobre de uma criança se haveria de eternizar em toda a minha viagem.

Quando somos crianças, inocentes que são os nossos sorrisos, podemos correr saltar pular fugir gritar, e toda a liberdade devemos sentir, o respirar bem fundo enquanto de braços abertos rodopiamos, é um exemplar sinal de tal "libertez" do nosso espírito, que como em segundos desse uma tão rápida volta ao mundo, e imagem que desse mundo a nós trazemos, é uma alegria que parece não mais ter fim.

Creio que existe 2 fases bem diferentes existe em todo o mundo da crainçada. Uma primeira é aquela em que tudo parece certo, tudo é óbvio, a alegria o sol o céu, tudo aquilo que naquela idade adoramos observar, são indicativos da plena harmonia em que aparentamos viver. Existe então essa segunda fase, a dita fase dos porquês, e ai, parece que cada adulto sabe exactamente o quanto por nós tem de fazer. Ideiais, culturas, pensamentos, morais, princípios, são nos debitados, como se esses valores e regras únicas fossem levados tão a sério, fossem tão uniformes, para que ainda permaneça a nossa ideia mundana do tempo de criancinha.

Aquando dos reparos de que nada do que nos foi incutido é exactamente o que acontece na realidade, é exactamente o ponto em que deixamos de ser criança. Então ai o sorriso esmorece, o brilho apaga, a alegria acalma, a liberdade transforma-se em rotina, e tais desejos de criança acabam por se tornar utopias.

Não há maior desejo, nem maior virtude para uma pessoa do que a liberdade. Só é feliz quem tem escolha, quem é livre de optar o seu caminho, quem está apto para escolher o seu desejo.

Porque nesse momento em que somos adultos, em que todo o mundo "cor-de-rosa" desvanece como se de um velho castelo pedras soltas se tratasse, em que muitas escolhas, muitas opções, não irão existir, vamos desejar voltar a ser crianças, e da velha liberdade ambicionaremos poder gozar.




Ps: Já agora nao me iria embora sem vos dizer qual assim me colocára. "Rapaz do pijama às riscas!" acho que é uma excelente recomendação.

A Musica da praxe